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segunda-feira, 15 de junho de 2009

O amor na memória

Por esses dias uma amiga minha completaria mais um ano de vida, mas não completou, pois mês passado fez um ano que ela morreu. Morte repentina ... uma doença e em pouco mais de um mês ela se foi. A poucos anos atrás também perdi um tio e um primo (o primeiro também por doença e o segundo em um acidente de trânsito).

Diferentemente de minha amiga, com a qual eu conversava todos os dias meu tio e meu primo eu demorava a ver ou falar, mas me pesou fortemente suas mortes. A pouco mais de uma semana, estava conversando e rindo com um amigo e no dia seguinte sua mãe faleceu ... quantos parentes e amigos temos perdido ao longo de nossas vidas?

Alguns se vão repentinamente e para isso não estamos preparados, mas se por acaso nos preparamos, nem por isso dói menos. Não importa a classe social, a idade, a raça, todos sofremos com a perda através da morte e isso é natural pois não fomos feitos para morrer e geneticamente e espiritualmente não entendemos a morte, mas convivemos com ela todos os dias e vamos encará-la um dia.

Enquanto isso, vamos nos lembrando das boas coisas que aqueles que se foram deixaram para nós, seja aquele carrinho que seu tio lhe deu quando você era criança e você só viu no outro dia pois ele chegou de madrugada e se foi muito cedo (trabalhando em caminhão nem sempre ele tinha muito tempo para lhe visitar); seja a lembrança das brincadeiras com seu primo na casa de seus tios; ou ainda as conversas com sua amiga que lhe convidava para ir em sua casa experimentar a sopa que ela fazia e você sempre adiando e findando não comendo a sopa pois a morte não esperou você arranjar tempo.

Essas coisas boas ficam e inundam nosso pensamento sempre que queremos nos entristecer com as perdas. Que bom que tivemos o privilégio de conviver com essas pessoas e amá-las mesmo que não tenhamos gritado isso para todos ouvirem, nós dissemos isso em gestos, em palavras, em atitudes e continuamos a dizer isso em nossas memórias.


"Dedicado a Tio Nelzinho, ao primo Douglas, a amiga Rosinha, a Gecina mãe do amigo Deni e a tantos outros parentes e amigos, mais próximos ou mais distantes que perdemos ao longo de nossas breves vidas."

Ibnéias Costa da Silva


2 comentários:

anchieta disse...

muito bom essa mensagem, pois nos seres humanos precisamos parar um pouco e sempre agradecer a deus por termos as pessoas que amamos perto da gente, pois se hoje, agora mesmo não dissermos a estas pessoa que amamos, que são muito importante na nossa vida , talves não aja mais tempo e a morte chega primeiro, e depois somente lamentaremos, entao nunca deixe para amanha o que pode fazer hoje, um abraço.

evandra disse...

essas mensagens e a realidade do dia corrido de cada um de nos,que sempre esta oculpado correndo e correndo sem tempo para nada e em fim um dia ela vai chegar para um amigo, parente,e para si mesma.e ai e que esta o grande enigima da vida.